segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Fantasiando

Pensar está a dar cabo de mim! A minha cabeça dá voltas e voltas sem que eu consiga ter controle nela! Está a dar comigo em doida... distrai-me constantemente! Passo o tempo em que devia estar a pensar no meu relatório.. a divagar, a fantasiar, a fazer contas de cabeça a cenários imaginados que podem ou não concretizar-se.. o que diria, como reagiria, o que faria... Mas é tudo um grande "se" sem projecção clara no futuro.. Poderá realizar-se? Irá realizar-se? Pf.... para já estou só cansada de pensar.. e de fantasiar...

Imagino.. mas tenho medo de imaginar.. Até logo!*

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Renovar

Já não sou eu... gosto de algumas destas palavras, de algumas das frases.. de alguns sons e conjugações.. dos efeitos, sobretudo dos efeitos! Da forma como por vezes consigo encadear com sentido uma ideia a que dou mais sentido.. Mas já não conheço muitas destas situações. Já não sou esta pessoa... mas se procurar ainda encontro reminiscências destas sensações.

Este blogue precisa de uma limpeza.. Queres dar-me uma ajuda?

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Presente e ausente

Posso não ser uma pessoa bonita.. mas sou a pessoa que sou, ponto. Sem os preconceitos de outros tempos, ou pelo menos procurando não os ter. Sou eu. Sem me preocupar em disfarçar, esconder, representar.. Não estou sempre feliz, não sou sempre conveniente, não sou sempre humilde ou delicada.. Não tenho os mesmos interesses, não sinto as mesmas coisas, não me preocupo com as mesmas causas.. Deixei de tentar pertencer à carneirada, penso, pelo menos nalguns assuntos. E já não sou sempre sorridente e amena companhia.. Também sou inconveniente, fechada, calada.. Infantil. Desinteressada e desinteressante. Sou assim, sou eu.

Aprendi que é fácil desligar a ficha quando todo o bláblá irrita e não me diz nada.. Acontece lá longe, numa qualquer realidade paralela.. Estou sozinha comigo, fechada no meu mundo.. Mais ou menos cor-de-rosa.

Hoje foi como se fosse a primeira vez.. Deixei-me tocar e surpreender.. Arrepiei-me de antecipação, voltei a suspirar, a estremecer até ao fundo do meu ser.. Senti-me completa.. Não fui objecto nem fui complicada! Deixei-me levar.. Tão natural e tão doce.. Tão intenso e verdadeiro.. Senti-me amada e conectada, como há muito tinha deixado de sentir.. Voltei a amar e a sentir o prazer do amor.. De estar de facto com alguém, de estar presente..

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Semáforos

Se a vontade é mudar, se as coisas não vão bem... Se a alma é atravessada por milhões de dúvidas.. A atitude é carregar no acelerador e rumar a novas paragens, tomar coragem e procurar um destino diferente..

Se tudo vai bem ou é essa a nossa ilusão.. Se temos fé, se temos esperança no caminho traçado.. Então a atitude talvez seja abrandar e tomar cuidado.. Vigiar o caminho, antecipar as ameaças.. Salvaguardar o nosso conto-de-fadas numa redoma tão resistente quanto possível! Zelar para que dure um pouco mais..

Por outro lado.. Se as dúvidas igualam as certezas e não sabemos bem se preferimos ficar ou partir.. Estamos ali no fio da navalha, percorremos a orla do precipício sem saber se pendemos para um lado, se para o outro.. Que risco parece parece valer mais a pena.. Se mergulhar no vazio, se mergulhar no real.. É quando hesitamos em carregar no acelerador ou no travão.. Quando cai o amarelo.. ou o vermelho! Naquele preciso instante.. De que lado da corda está o braço mais forte? A mão que nos puxa para a realidade ou a que nos empurra para a incerteza?

E se cada sinal vermelho obrigasse a mudar de direcção?

sábado, 31 de outubro de 2009

"E se"?

Há alturas em que parece tão oco, tão sem sentido.. Tão pouco! Há alturas em que não o reconheço e não me reconheço.. É tão diferente do que eu teimo recriar.. Tão diferente de mim! Tão diferente de mim, que por vezes a barreira parece intransponível.. Tão diferente do que eu imagino querer para mim..

Parece estar a anos luz de mim.. Gostava que tivesse um bocadinho mais de iniciativa, de não me sentir maior. Queria orgulhar-me mais! acho que é essa a questão.. Esforço-me por acreditar! Travo uma luta constante comigo para fazer subir a auto-estima.. Fecho os olhos com força, cerro os punhos! Quero acreditar que consigo e há um lugar para mim, nesse caminho.. Flutuo entre estações.. Mas há sempre o momento em que me questiono.. Em que temo, em que tremo.. "E se"? Peso os prós e os contras e não sei dizer, acho, para que lado pende a minha balança.. Se devia tomar uma atitude.. Que atitude..?

Mas depois há aqueles momentos em que tudo parece encaixar.. Em que o meu lugar parece ser indubitavelmente aqui.. Química? Carinho especial, força do hábito.. Conforto, segurança? Resultado dos momentos vividos, partilhados, apaixonados.. "E se"?

Presente envenenado

Domingo, 18 de Outubro de 2009

Hoje fui tão insensível com a minha mãe.. Quero acreditar que ela está boa e voltou a ser a mesma.. E é do caraças perceber que não! Sentir o quão débil, quão frágil é a condição.. Como as pequenas coisas, dados adquiridos para nós! Podem ser um sarilho para os que amamos.. Que ao nosso lado.. Lá está! Alguém a sofrer enquanto tu dás gargalhadas, enquanto a tua barriga dói de tanto riso! Zango-me com ela.. Quero fazê-la parar! Quero que pare de sentir pena dela para eu não precisar de me preocupar.. e poder rir sem me chamar insensível, sem o gosto amargo no fim.. Presente envenenado..

Há dias em que crescem muros, que nós fazemos crescer.. que só se desmoronam com o tempo.. com o silêncio ou a ausência. E cada uma cura as suas feridas.. Longe, metida consigo mesma.

sábado, 10 de outubro de 2009

Moeda

É difícil manter a produtividade quando o veleiro desliza ligeirinho.. Escrevo porque sim e zanguei-me com a escrita. A escrita amolece-me e eu quero ser forte! Não trabalhar tanto para a estética e mais para mim, só porque sim. Aprendi a ignorar porque dormir sobre o assunto, literalmente, obtinha o mesmo efeito.. Então porquê torturar-me com lágrimas quando tudo parece seguir o seu alinhamento.. imperfeito? Não preciso ser tão exigente assim. Não preciso puxar pelas lágrimas.

O outro lado da moeda.. É a saudade, a nostalgia que me faz dançar um sorriso nos lábios de cada vez que me leio postumamente e sinto orgulho.. de ter produzido alguma coisa suficientemente bonita para me fazer viajar atrás no tempo e reviver, bons e maus momentos. É isso que me faz voltar sempre.. Por mais longe que vá, por mais feia que seja a discussão, acabo sempre por voltar.. qual relação de amor-ódio. Reencontro o meu refúgio e habituo-me à ideia de que não estou aqui para ser lida, mas para ser descrita..

Sou eu, um complexo puzzle de infindáveis peças.. Redescubro-me, reinvento-me.. Disparam alarmes perante uma construção, uma expressão, uma palavra que parece resumir tudo! Um vislumbre mágico que reacende o bichinho..:)*