segunda-feira, 20 de julho de 2009

Perto e Longe

É estranho como tudo é tão relativo.. Como tudo é tão cheio de gradações.. Tão pouco absoluto.. entre o mais e o menos há um caminho tão longo e qualificar é tão difícil! Os adjectivos, as sensações, a intensidade das relações é tão difícil de situar, de definir.. Fica o desconforto.. porque nada serve na perfeição e tudo é tanta coisa.. e tudo é tudo e nada, e branco e preto, claro e confuso, definido e difuso.. Quando parece que estamos tão perto.. no momento a seguir um gesto, um tom nos faz recuar.. Quando estávamos mais disponíveis e confiantes, mais optimistas e despreocupados, quando tínhamos baixado a guarda.. Um instinto nos faz voltar a accionar o escudo..

É impressionante como podemos estar tão perto e tão longe de alguém.. Parece que a compreendemos tão bem, que conseguimos alcançar uma qualquer essência verdadeira que nos faz sentir seguros.. Mas há tanto ainda que desconhecemos.. que os silêncios crescem e crescem.. e o vazio entre as pessoas dilata e dilata.. Será ingenuidade acreditar que se pode chegar tão perto que nenhuma surpresa pode ser suficientemente grande para nos afastar? Para nos atirar para lá das defesas que insistimos em criar?

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